Vacinas durante o tratamento oncológico
- Dr Bruno Cardoso

- 12 de ago.
- 2 min de leitura
A imunização planejada e adequada é fundamental para proteger pacientes em tratamento oncológico, prevenindo infecções que podem comprometer o sucesso do tratamento e a saúde geral durante esse período
Nossa! Além de me preocupar com cirurgia, quimioterapia, vômitos, perder meu cabelo, ainda preciso ir atrás de me vacinar? Sim!
Esse é um fato que poucos oncologistas lembram aos seus pacientes: a vacinação. Ela é de suma importância, principalmente nas terapias com drogas imunossupressoras, ou seja, aquelas que deixam a pessoa com a imunidade baixa, mais fragilizada e aumenta o risco de contrair infecções. Algumas vezes, podem ser infecções mais graves, levando a internações, atrasos no tratamento, além de poder gerar outras complicações não previstas decorrentes do paciente permanecer dias num ambiente hospitalar.

Alguns fatores precisam ser levados em consideração antes de indicar a vacina como a idade do paciente, o momento do tratamento oncológico, o grau de imunossupressão e o tipo de vacina utilizada. O momento do tratamento e o tipo de vacina compõe a chave de segurança nesta questão de imunização, pois existem as vacinas de vírus inativados e as vacinas de vírus vivo atenuado.
As de vírus inativado devem ser idealmente realizadas duas semanas antes do início do tratamento imunossupressor. Porém se não for possível, via de regra elas são seguras mesmo durante o tratamento e tem benefício para garantir proteção apesar da chance de sua resposta ser inferior. Fazem parte deste arsenal as vacinas: tríplice bacteriana, pneumocócicas, meningocócicas, contra influenza, HPV, hepatites, herpes-zóster, COVID-19 e a mais recente, contra o Vírus Sincicial Respiratório.
Já as de vírus vivo atenuado devem ser feitas até 4 semanas antes do tratamento e na impossibilidade, aguarda-se em média 3 meses do término para serem realizadas com segurança, podendo variar dependendo do esquema de quimioterapia realizada. São elas: Tríplice ou Tetra viral, varicela, febre amarela, dengue, BCG e VOP (pólio oral). Lembrando que no caso de um paciente com a imunidade muito baixa e com outras complicações inerentes a doença ocorrendo naquele momento, nenhuma vacina deverá ser aplicada. Espera-se a melhora do quadro, para posteriormente seguir com a imunização. Segurança em primeiro lugar.
Profissionais de saúde, cuidadores e familiares em contato direto com o paciente também precisam ser imunizados para evitar a transmissão cruzada de doenças. No caso deles, as principais vacinas são a tríplice bacteriana tipo adulto, influenza, COVID-19, herpes-zóster, tríplice viral, pólio Sabin, febre amarela e dengue, sempre respeitando critérios legítimos de indicação por idade e intervalos de dose.
Muitas dessas vacinas estão disponíveis na rede pública de saúde, o SUS. Entretanto, algumas somente em clínicas privadas, que possuem um portfólio maior, com vacinas, mais modernas e com ampla proteção contra determinadas doenças.
A melhor opção é sempre procurar um profissional de saúde habilitado em vacinação e manter sua carteira atualizada. Prevenção é a melhor maneira de proteger você e quem precisa dos seus cuidados neste momento tão delicado.
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